Um filho. Nada mais.

Uma busca inconstante por reconhecimento.
Um cansaço por se desgastar tanto querendo agradar,
Uma cobrança para fazer as coisas certas, sempre.
Uma corrida em direção a lugar nenhum.
Um desgaste emocional.
Uma ferida.
Um não.
Perdido entre o que deveria ser.
Numa multidão, sentir-se só.
Cansaço. Ufa!
Cansaço bom que coloca tudo pra fora, que abre o jogo, mostra as cartas, retira as máscaras, revela segredos, gera descobertas, reconhece a fragilidade.
De repente uma força, um consolo, um silêncio, um socorro, um afago, uma Luz.
Depois de me esvaziar de tudo que esgotou, que entulhou, passo a passo rumo a descoberta de quem eu sou.
EU SOU FILHO!
Corrida em direção ao Pai e enfim, o descanso.
Ouço tua voz, quase como um sussuro.
Sinto Tua brisa e não me sinto mais só.
Entrego o que sobrou de mim e Você me diz: Vem cá filho, deixa o Papai cuidar de você agora!

(o que o cansaço, um coração quebrantado, uma oração faz conosco. Não é o fim, pode ser apenas o começo, depende de você!).



Quem eu penso que sou? Quem você pensa que é?

São tantas teorias, tantas explicações, tanto blá blá blá que parecem não ter fim. Tantos achismos que são tidos como verdades absolutas, que não sobra espaço pra transparência. Cada um com sua impressão do que é o evangelho de Cristo, de como proceder, de como deve ser, enquanto a "parte interessada" parece ser um "boneco" em que eu jogo pra lá e pra cá aplicando, no que a meu ver, parece melhor, mais correto, mais adequado, ME favorece e ME faz superior ao outro e de posse da razão.
É tanta complicação, tanta ladainha barata e superficial que o evangelho de Cristo parte do interesse pessoal e não do que a Bíblia nos apresenta em toda a sua riqueza de detalhes e ensinamentos preciosos. Beneficio-me com toda propriedade da Palavra de Deus e aponto o outro como o errado, o pecador, o hipócrita, ao invés de utilizar a leitura desse Livro ,que é o próprio Deus falando conosco, com o seu real objetivo que é  de mortificar a nossa carne e não o outro, ver a nossa multidão de defeitos e não do outro e o principal sermos corrigidos pelo nosso Pai.
Pessoas cheias de sabedorias vazias, tão sábias que não se permitem serem analisadas e corrigidas pelo Criador, é a criatura que se sente no direito de corrigir outra criatura, enquanto que o Senhor nos ensina a nos vermos como miseráveis, indignos, pecadores. Em contraponto, seres amorosos, compassivos, perdoadores, com o caráter de Cristo impresso em nós, para que venhamos dia após dia vencer a batalha entre a carne e o espírito prosseguindo nessa caminhada entre erros e acertos até ser dia perfeito.
Deus tão distante de nós, tão excluído da nossa soberba em querer ser o próprio Deus, como se houvesse em nós o poder de saber o que se passa no coração do Soberano Criador, que esquadrinha nossos pensamentos e sabe a sujeira que tentamos esconder a qualquer custo.
Perdoa-nos Senhor pela nossa ignorância de usar a Tua Palavra como arma contra os nossos opressores, indo contra ao Teu mandamento de amar o nosso próximo.
Perdoa-nos Senhor por nos acharmos tão cheios de verdades, enquanto estamos tão vazios de Ti!
Abre os nossos olhos Pai! Para enxergamos a podridão que existe em nós e que só nos afasta de Ti!
Ensina-nos Senhor a entendermos a Tua palavra com o sentido que o Senhor a escreveu e não nos apropriarmos dela como espada para matar o nosso irmão.
Ajuda-nos Oh Deus a sermos parecidos contigo e de uma vez por todas entendermos que nossa luta não é contra as pessoas e assim paramos de usar a nossa boca para proferir palavras de morte sobre a vida dos nossos irmãos, as nossas mãos que tantas vezes digitam contendas e provocam confusões e feridas nas pessoas.
Faz com que nós venhamos reconhecer o quanto somos pequenos e tão julgadores.
Livra-nos de nós mesmos que insistimos em nos acharmos mais dignos do Teu amor e tão santos.
Desperta em nós a realidade de quem nós somos, para que então possamos permitir que o Senhor faça de nós Tua imagem e semelhança dia a dia.

A começar por mim Senhor que sou tão carente do Teu trabalhar em mim! Põe mais amor em mim, porque de nada vale tanta sabedoria, tantos argumentos, um português tão bem elaborado se o Senhor estiver distante das minhas palavras e elas não corresponderem com o meu viver.