Parece que já não há mais pelo o que lutar,
nem tão pouco o que se conquistar.
Já não tem mais sentido e o que era a busca pelo alimento, agora está farto do vazio.
"Dar murros em ponta de faca", "empurrar com a barriga".
Não sobrou mais nada, nem o cansaço só uma indiferença letal.
Em meio a tantos pensamentos, confrontos, a frieza geral, as impossibilidades a alma sussura a Ti:
Não me deixes desistir!
Esse é o clamor da alma que não sabe viver sem existir em Ti.
Como é difícil ir de encontro a uma multidão, principalmente quando não há mais forças, nem nada que impulsione a ir adiante.
Será que ainda existem planos?
Será que ainda poderão se cumprir?
Aos olhos humanos em todas as portas, rostos está escrito: não!
Diante de tantos questionamentos, uma lembrança que traz forças de onde não mais há.

"Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus.

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando poderei entrar para apresentar-me a Deus?
Minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, pois me perguntam o tempo todo: "Onde está o seu Deus? "
Quando me lembro destas coisas choro angustiado. Pois eu costumava ir com a multidão, conduzindo a procissão à casa de Deus, com cantos de alegria e de ação de graças entre a multidão que festejava.
Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e
o meu Deus."



A sede por Ti toma conta de mim, a ausência do teu falar me pertuba, a desesperança clama pela Tua esperança, a minha alma grita pelo Teu socorro.
Porque vives, porque Te amo, porque sem Ti não sou ninguém, porque só a vida em Ti eu falo: 
-Tenho desistido de tudo, só não desisto de Ti. Não me deixes desistir de quem eu sou em Ti, não me deixes desistir do que queres fazer de mim, não me deixes desistir.


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