Lar

Pra onde irei?
Pra onde correrei?
Quão longe eu poderei ir ao ponto de não sentir tua falta?
Qual distância percorrerei para que consiga fugir?
Onde me esconderei?
Onde poderei eu me abrigar?

Pois não há distância que eu possa ir,
Nem algum esconderijo que seja secreto a Ti,
Não há segurança longe dos Teus braços.

Nessa insistência sem sentido eu só faço me cansar.
Ainda mais.
Posso eu me perder de Ti, mas Teu olhar nunca sai de sobre mim,
Mesmo que silenciosamente e quase que de forma imperceptível
Tuas mãos vão me livrando,
Me cuidando,
Zelando por mim

Pois o Teu amor não muda e embora eu tente, nada, nem eu, poderei mudar o que Tu pensas ao meu respeito e os planos que tão amorosamente arquitetastes, detalhe por detalhe pra mim, a forma como quão carinhosamente desenhastes a mim e formastes o meu caráter com propósitos bem defenidos até sobre as minhas imperfeições, os caminhos que eu iria e ainda irei percorrer para atingir o Teu alvo e como as minhas particularidades Te alegram e te fazem permanecer me amando assim, de forma tão violenta ao ponto de não conseguir me perder pra ninguém, nem pra mim mesma.

Então,
com lágrimas de arrependimento,
de reconhecimento,
eu volto pra onde nunca deveria ter saído.
O meu lugar que é sempre onde Tu estás.
E me chamas pra mais perto,
me abraças com saudade,
seguras em minha mão e caminhas pela vida, que não é minha, é Tua.
Estou de volta ao Lar.



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